domingo, 13 de outubro de 2013

Esta tristeza que me invade

Tenho mau feitio! Eu sei!
Mas fiquei ainda mais casmurra porque perdi a minha "sombra".
Sinto como se tivesse perdido uma parte de mim.

O meu querido gato  T. estava um pouco doente. Sequela das maldades que os donos fazem aos seus animais.
O T.  foi castrado há uns quatro anos atrás, já adulto. Nunca mais foi o mesmo animal...perdeu a alegria, perdeu a força e passava grande parte do dia a dormir.
Tive muitas dúvidas em  castrá-lo, por opção própria não o faria...o problema foi quando trouxemos outro gatinho para casa, capturado por mim, nas traseiras.
Esse ele aceitou, porque era bebé....

Mas...e há sempre um "mas",  uma das minhas filhas recolheu dois outros também da rua, uma gatinha e outro gato. Quando a gata teve o cio, eles começaram todos a marcar território....cá em casa.
Era nas plantas, nas paredes, até em revistas, que estavam na estante....

Enfim, os  gatos, foram todos castrado. Infelizmente o meu T., que era o mais velho, nunca ficou bom...ele tinha sempre uma pequena dor no baixo ventre, que a veterinária disse ser passageira. Mas não foi, infelizmente.
Finalmente minha filha saiu com os gatos dela, procurando a sua independência, e cá em casa ficámos com os dois gatos maiores.

Gosto de ter a casa florida e compro flores para colocar em jarras.
Desconhecia em absoluto, que algumas flores são perigosas, aliás sabia de uma ou duas plantas, mas não de flores.

Quis o destino que  trouxesse várias flores, umas compradas, outras apanhadas quando passeio a cadela. Entre estas, lírios.
Ora o meu gato estava muitas vezes deitado, por trás do meu portátil, que está geralmente numa das mesas da sala. Perto tinha uma jarra com lírios.
Terá sido o pólen destes, que caindo sobre o pelo do gato e depois lambido nas inúmeras sessões de higiene, que o matou.
Como estava debilitado, apesar de estável, o pólen dos lírios ( que desconhecia ser  letal para os gatos), foi fulminante e nada houve a fazer.
 Passava horas junto a mim, quando me levantava, ia atrás...uma autêntica sombra.

Já passaram  mais de duas semanas e a dor ainda custa a ser suportada.
Por essa razão e apesar do bom tempo, tenho saído pouco, não tenho vindo aqui, e sinto-me pouco sociável.
Já tenho um substituto para ele. No veterinário onde morreu, apareceram uns gatinhos, que alguém abandonou.
Infelizmente é o que se passa por aí a cada segundo, o abandono e negligência de animais. Resolvi  trazer um, mas também este tem nas patinhas uma espécie de micose,  porque esteve sem comer,  e junto de terra com detritos, quando bebé.
 Gostaria que ele  fosse como o meu T., que me seguisse e me fizesse companhia.Vamos ver se ele quer...