domingo, 4 de setembro de 2011

Comer, Orar, Amar

Comer, Orar, Amar...
Uma mulher  de  34 anos, sem filhos, leva uma vida aborrecida e rotineira que a leva a cansar-se do casamento. Depois de várias noites de insónia e lágrimas, um dia resolve ganhar coragem e anunciar o divórcio. O marido reage mal e o conflito judicial prolonga--se. A personagem central está com uma depressão e vive na casa de uma amiga até se restabelecer.
Este drama é, infelizmente, frequente entre as mulheres de meia idade, em especial nos Estados Unidos. O que já não é tão comum é a fórmula encontrada por esta mulher com o coração despedaçado (Elizabeth Gilbert) para recuperar a auto-estima. Jornalista de viagens com as finanças arruinadas devido ao divórcio, Elizabeth consegue obter um adiantamento da sua editora para escrever um novo livro e decide partir para uma “jornada espiritual de transformação”.
A primeira etapa dessa viagem é a Itália, onde a autora redescobre o prazer da gastronomia e do dolce far niente (que significa levar uma vida de ócio). É já com um sorriso nos lábios, mas também com uns quilos a mais, que parte para a segunda etapa: um retiro de meditação num ashram (templo) no coração da Índia. É nesse local que aprende a rezar, a perdoar-se a si mesma e a encontrar a paz interior. Para isso muito contribuíram os conselhos pragmáticos de um homem mais velho, que ela apelida apenas de “Richard do Texas” (em troca, ele chama-lhe “Mercearias” devido ao enorme apetite que Elizabeth trazia de Itália, nada compatível com os hábitos frugais do ashram).

peregrinação interior
A localidade paradisíaca de Ubud, perto de Bali, na Indonésia, é a terceira etapa da sua “peregrinação”. A autora já tinha estado no local como jornalista, antes do divórcio. Na altura conheceu um xamã de nome Kerkut (que ela apelida carinhosamente de “Mestre Yoda”, devido à sua baixa estatura) que profetizou que ela teria dois casamentos (um curto e um longo), viajaria muito, perderia todo o seu dinheiro mas acabaria rica. Disse também que ela voltaria a Bali para o rever.
Como a profecia estava a bater certo em todos os pontos, a autora regressou a Bali na esperança de que aquela fosse a etapa final do seu processo de transformação. E foi. Mas não propriamente no campo espiritual. Foi lá que conheceu o brasileiro Felipe, 17 anos mais velho, e  redescobriu o amor.

uma história verídica
O que parece ser mais uma drama é  na verdade uma história verídica.
A protagonista, Elizabeth Gilbert, escreveu um livro auto-biográfico que se tornou um surpreendente êxito literário à escala global.
Elizabeth e Felipe, vivem hoje num rancho nos Estados Unidos, são felizes apesar da diferença de idades, ele trabalha no rancho, ela escreve e trata do seu jardim e animais.

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