sábado, 17 de setembro de 2011

Pintura

Sabem que adoro a escrita e através dela podemos sonhar, e criar uma realidade que mais ninguém conhece. Aquela onde nos entregamos num diário, num blog, escrevendo de forma incógnita, em fóruns onde escrevemos undercover, usando um nome falso ou um por nós inventado. Sei lá, onde quisermos. Até no nosso próprio PC, escrevendo ao sabor, não da pena..., mas do teclar, até darmos forma a algo, um inédito, algo que nos sai da alma, onde fazemos jorrar numa catarse sem fim, tudo o que nos vai na alma. Escrevo pelo meu muito sentir, tenho um coração demasiado jovem para ao meu corpo de mulher quase madura, sou uma incorrigível "adolescente"sempre  in love. Mas não me apaixono por este ou por aquele.

Paixão e amor precisam ser "alimentados" com beijos, carícias, sexo, muita partilha e acima de tudo "e" na minha opinião..., olharem os dois na mesma direcção e não apenas um para o outro. E esse amor está todos os dias comigo, já que aquele que me acompanha, o cultiva.

Escrevo porque de vez em quando me dá uma certa pancada por algo ou alguém, dá-me para ficar numa espécie de feitiço, de um possível sentimento, uma atracção. Imaginem vocês que  nada tem a ver com o amor físico, os beijos e abraços, não, é antes de mais, muito mais profundo, quando por uma qualquer razão encontramos alguém que tem uma mente semelhante à nossa, por exemplo num livro.
O escritor consegue pela sua teia de palavras, pelo seu fio de raciocínio, levar-nos para outra dimensão e nós, lendo e relendo o livro, conseguimos entrar na cabeça desse escritor e ou ainda não lemos a seguir e quase adivinhamos o que lá vai estar escrito ou se já conhecemos, nos deleitamos pela escolha feita.

É por isso que escrevo, no fundo sou uma Libriana, com ascendente em Virgo, dois signos de amor e paixão...e sou casada com um Virgo. O amor, quando ele acontece é fogo que arde sem se ver!

Falei-vos do motivo da minha razão de escrever, porque vivo em permanente "amor"...o meu signo é  Ar e o ascendente Água, um que se perde por paixão outro que é fiel e constante, organizado e sabe o que quer para ele e para a vida. Eu não, sou mesmo Libra, não sei nada, só sei que nada sei e que tudo quero aprender, que amo ao próprio amor, ao estado de paixão, ao estar apaixonado e até ao sofrimento do amor. Absurdo, talvez, mas sou assim, um turbilhão como pessoa, muito irreverente e impossível de contentar se não acho a minha verdade. Imatura mesmo na meia idade, e uma romântica incorrigível.

Pena é que por vezes aquele encantamento que tínhamos por alguém, se desvanece e não por nossa culpa, apenas por pequenas coisas, falta de estímulo, alimento, sim, porque o intelecto também se alimenta e de belas palavras, de acarinhamento de compreensão...e depois o nosso foco começa a escolher outro objecto de paixão  e aí o interesse murcha, qual rosa que nos foi oferecida uns dias antes,  mas que desde que tinha sido cortada da roseira, estava condenada...tudo na vida  se o queremos prolongar, temos de o alimentar. Tal como a nossa longevidade, não podemos querer ter vida longa se atentamos todos os dias contra a  nossa saude, mas se pelo contrário tratamos o nosso corpo como um templo, então, é de esperar que o Universo nos conceda uma longa vida.

Para além da escrita, tenho muitas outras paixões, uma delas, da qual já vos falei  através de Carmen Herrera e Klimt, é a pintura. Sou doida por pintura e alguma escultura. Não entendo e nem quero entender a escultura de monos de metal e outros de pedra, quando olho para aquilo e parece um monte de sucata.
O que amo tem que soar, ribombar cá dentro como um trovão, tem que me tirar o fôlego como depois do amor, num acto longo e contido e com um final explosivo. Tem de entrar dentro de mim como um raio, fulgor e deleitar o meu olhar e acima de tudo o meu perceber, o chegar lá.

Vou trazer-vos as minhas paixões em termos de estética. do que chamo o belo. E o belo pode ser uma paisagem, o voar de uma gaivota, um cacilheiro numa manhã de nevoeiro a navegar nas águas do nosso belo Tejo.

Hoje vou deixar-vos, tenho outros e prementes afazeres dos quais não me posso apartar, fazem parte da minha vida, da que construí até aqui, mas deixo-vos com uma das minhas paixões, o Gustav Klimt. Que amo de paixão.









A doçura da pintura, é absolutamente surreal. Não vos deixo o quadro o beijo, porque já o coloquei atrás.

Tenham um bom sábado e amem demais, porque só demais vale a pena!

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