terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O desgoverno de quem governa


O grande mal é esse, mas também analistas e politólogos serem uns zeros à esquerda em termos de economia e economia social e solidária, em relações internacionais etc...Não se pode ser um bom analista de política governamental, só porque se sabe História e as diferentes correntes políticas. Há que saber Relações Internacionais e mais a História das mesmas....há que saber estatística e saber o que se passa em cada país e qual o coeficiente de diferença entre cada um, nos diferentes itens analisados. E acima de tudo, tem que se ter distância e não ser ambíguo.
Assim, e preciso referi-lo de novo, na minha opinião pessoal, se a esquerda ganhar na Grécia, não só não sairá da União monetária, como nem vai haver tanta diferença assim na política. Nada pode mudar assim tanto. Já estão em mínimos históricos. 

E as desigualdades sociais continuam galopantes. E a economia paralela continua de forma pavorosa a assombrar o caminho da democracia que eles, gregos, inventaram e nos transmitiram por legado romano.
Não posso ser grega, porque sou lusa e com muito orgulho, muito mal se tem feito neste país e não foi nos últimos 40 anos, como referem os saudosistas. Nem foi o PS que fez o mal maior, foi quem hoje é o mais alto magistrado da nação, que começou a desmantelar o país e a pagar para não se produzir.


O  subsídio, é como a droga, vicia. Cria hábito, raiz e habita.



segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Sou existencialista e orgulho-me disso



A quanta ambiguidade de tanta gente mal resolvida que anda por aí e não apenas em termos sexuais. Como gente. 
Não podemos ser Nietzschianos ou Sartrianos e acreditar em Deus ou na alma, ou no eterno retorno, etc etc etc...há quem precise pegar nos livros e voltar a estudar. 
Para Sartre ou Nietzsche, apenas referindo estes dois porque são os mais citados nestas redes sociais, não existe deus, nem alma, nem a possibilidade de retorno. 
Alma é a capacidade de raciocínio e memória sensorial e outras.
Aconselho vivamente a lerem. 

Também não se pode acreditar e ser ao mesmo tempo existencialista.
 

Sei que muitas vezes choco as pessoas, mas a minha mente chegou onde está, aos 16 anos, já lá vão mais de quatro décadas. 
Não devemos usar citações de Sartre, Milan Kundera, Marguerite Yourcenar ou Hannah Arendt, se somos crentes. É um contra-senso. 
Para muitos serei herege, para outros louca, e sei lá o que mais. 
Mas eu não sou o que as pessoas pensam, eu ou outra qualquer pessoa, sou aquilo que sou e a opinião dos outros não faz de mim o ser que eles imaginam.

Para mim, quando termina a possibilidade de os feixes eléctricos criarem raciocínio, somos apenas matéria. E acabou. Daqui que muitos cientistas dizerem que quem sofre de Alzheimer, ser um morto vivo, especialmente nas formas mais agressivas da doença.






domingo, 25 de janeiro de 2015

RECOMEÇAR








Recomeçar 



Não importa onde você parou,

em que momento da vida você cansou,
o que importa é que sempre é possível
e necessário "Recomeçar".

Recomeçar é dar uma nova
chance a si mesmo.
É renovar as esperanças na vida
e o mais importante:
acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
Foi aprendizado.

Chorou muito?
Foi limpeza da alma.

Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia.

Sentiu-se só por diversas vezes?
É por que fechaste a porta até para os outros.

Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da tua melhora.

Pois é!
Agora é hora de iniciar,
de pensar na luz,
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal um novo emprego?
Uma nova profissão?
Um corte de cabelo arrojado, diferente?
Um novo curso,
ou aquele velho desejo de aprender a pintar,
desenhar,
dominar o computador,
ou qualquer outra coisa?

Olha quanto desafio.
Quanta coisa nova nesse mundão
de meu Deus te esperando.

Tá se sentindo sozinho?
Besteira!
Tem tanta gente que você afastou
com o seu "período de isolamento",
tem tanta gente esperando apenas um
sorriso teu para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza nem
nós mesmos nos suportamos.
Ficamos horríveis.
O mau humor vai comendo nosso fígado,
até a boca ficar amarga.

Recomeçar!
Hoje é um bom dia para começar
novos desafios.

Onde você quer chegar?
Ir alto.
Sonhe alto,
queira o melhor do melhor,
queira coisas boas para a vida.
pensamentos assim trazem para nós
aquilo que desejamos.

Se pensarmos pequeno,
coisas pequenas teremos.

Já se desejarmos fortemente o melhor
e principalmente lutarmos pelo melhor,
o melhor vai se instalar na nossa vida.

E é hoje o dia da Faxina Mental.

Joga fora tudo que te prende ao passado,
ao mundinho de coisas tristes,
fotos,
peças de roupa,
papel de bala,
ingressos de cinema,
bilhetes de viagens,
e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados.
Jogue tudo fora.
Mas, principalmente,
esvazie seu coração.
Fique pronto para a vida,
para um novo amor.

Lembre-se somos apaixonáveis,
somos sempre capazes de amar
muitas e muitas vezes.
Afinal de contas,
nós somos o "Amor".

Paulo Roberto Gaefke

Via Pensador


"E não do tamanho da minha altura."




"E não do tamanho da minha altura."


" Releio passivamente, recebendo o que sinto como uma inspiração e um livramento, aquelas frases simples de Caeiro, na referência natural do que resulta do pequeno tamanho de sua aldeia. Dali, diz ele, porque é pequena, pode ver-se mais do mundo do que da cidade; e por isso a aldeia é maior que a cidade...
"Porque eu sou do tamanho do que vejo
Frases como estas, que parecem crescer sem vontade que as houvesse dito, limpam-me de toda a metafísica que espontaneamente acrescento à vida. Depois de as ler, chego à minha janela sobre a rua estreita, olho o grande céu e os muitos astros, e sou livre com um esplendor alado cuja vibração me estremece no corpo todo.
"Sou do tamanho do que vejo!" Cada vez que penso esta frase com toda a atenção dos meus nervos, ela me parece mais destinada a reconstruir consteladamente o universo. "Sou do tamanho do que vejo!" Que grande posse mental vai desde o poço das emoções profundas até às altas estrelas que se reflectem nele e, assim, em certo modo, ali estão."


Nota: Pessoa, na "pele" de Bernardo Soares, um seu heterónimo, escreve sobre Alberto Caeiro, outro dos muitos heterónimos, in «O guardador de rebanhos»


Livro do Desassossego, Bernardo Soares um dos muitos heterónimos de Pessoa