terça-feira, 26 de setembro de 2017

Felicidade é uma questão de escolha


Podemos ter momentos de felicidade. Mas esse conceito tão em voga faz parte das modas e livros de auto ajuda. Há muito quem pregue para poucos e se convença que é para milhões. Infelizmente a maioria dos mortais humanos e animais nunca vai sequer imaginar o que significa "a felicidade é uma escolha"..... e para mim, entenda-se, nada tem a ver com posses materiais, metas atingidas, riqueza. 
Tem a meu ver, com o nosso íntimo e a paz interior que conseguimos atingir num mundo de infernos. E esses infernos até tantas vezes, fomos nós que lhe demos vida, lhes alimentámos as chamas, sem ter dado conta. As nossas escolhas, o caminho escolhido, sempre "nós"...poucos são os que não escolhem, esses são infelizmente escravos da sociedade, de si próprios ou na mais negra hipótese, alguém lhes tirou o direito de escolha e os reduziu.

Poucos chegam ao conceito de felicidade. A grande maioria julga que tem a ver com posse. Mas nada tem a ver com posse, nem da pessoa ou pessoas, com quem vivemos, nem com materialismos.
E tantas situações em que tentas abrir os olhos a quem já dependeu de ti para um caminho sem escolhos, mais leve, mas preferem escolher outro, e tu nada podes fazer. Porque as quedas e os
escolhos, fazem parte do crescimento.

Ninguém pode viver o nosso caminho. Pode acompanhar-nos, nas nunca vai encontrar as mesmas dificuldades, as mesmas pedras.
Assim como milhões se convencem que vivem e apenas respiram para vegetar, outros há que toda uma vida levam a cair e a levantar-se e nunca entendem que as suas escolhas estão erradas. Que precisam parar e mudar.
Todas as pessoas são diferentes. Na cor de olhos ou cabelo ... na educação e cultura, no ter muito ou pouco.
Tudo fica cá e se hoje tem valor, amanhã é sucata, terra, tijolo....areia. Só o que está na nossa mente tem valor e nos pode fazer almejar o estado de paz e felicidade !!!
Como diz Hermann Hesse in «Demian» : “A vida de todo ser humano é um caminho em direcção a si mesmo, a tentativa de um caminho, o seguir de um simples rastro.”



Arte : Carola Vergara

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

O perigo da generalização – a culpa é dos pais !!

O perigo da generalização – a culpa é dos pais !! Tornou-se vulgar colocar todas as culpas sobre os ombros dos pais e todos sacodem as responsabilidades dos seus ombros, porque só gostam de apontar e nunca ver-se reflectido no espelho. E porque há quem ainda adulto, continue a culpabilizar os pais e nada faz para se mudar a si mesmo. Os pais são culpados até do que nunca presenciaram ou souberam que se passou ou se vivenciou, das escolhas, dos namorados ou namoradas, do fracasso profissional, da falta de amor próprio e deixar andar coisas que deveriam ser tratadas porque elas demonstram precisamente o contrário do que eles apontam, que a culpa é sua e das suas escolhas e que os pais, por mais que falassem e avisassem, chegavam a ser gozados em conjunto com os irmãos e até amigos.
Ninguém cresce sozinho, é um facto, mas será que todos os Media e até a camada jovem de "iluminados" psicólogos que apenas leram os manuais e nada sabem da vida, muitos vivendo eles próprios em dependência dos seus familiares, nem casados ou sequer vislumbrando a ideia de serem pais, mas aventam e implantam ideias absurdas nas cabeças dos mais incautos ou pseudo intelectuais. Será que todos eles precisam ser tão absolutamente alheados das realidades e defendem a parte que parece ser a mais fraca, mas é de facto a déspota ?


Represento duas gerações e ainda a de minha mãe e avós, não recordo e felizmente tenho uma memória prodigiosa, de ver ou ouvir algum filho falar, responder ou ter qualquer tipo de acção recriminatória nas gerações para trás. Porque havia respeito, e hoje há uma enorme lacuna dessa virtude e ainda, havia vergonha, coisa que desapareceu nas recentes gerações. O meu tempo que não é só vivido na primeira pessoa, mas também por uma geração, a geração a que chamei de super sortudos mas também onde se deu demais, e se criaram muitos "encostados" muitos sem objectivos. Julgavam-se pequenos deuses e eram apenas pequenos déspotas. Basta ver as estatísticas, os jovens saem em média de casa dos pais pelos 34 anos. E cada vez há mais, que nunca saem e outros que não estudam e nem trabalham. Acho isso assustador. Quando têm esses pobres pais o tempo de viver a dois, de repousar da mesmice de problemas com os filhos que na maioria das vezes não são nem respeitosos, nem verdadeiros e muito menos bons filhos ?
Sobre os pobres pais, recaem sempre as culpas, apontadas pelos filhos, que os culpabilizam dos seus fracassos.