domingo, 21 de janeiro de 2018

Pertencer ou não ao rebanho

A vida nunca é o que parece. 
Há quem olhe para o lado quando vê um necessitado e finja que não estava lá ninguém, porque para ele, esse pobre não é ninguém.

Há quem dê parte do que tem. 
E há os que se dizem tementes a Deus ( que Deus é esse que só olha o indiferente e que perpetua o mal e a indiferença??) são sempre e invariavelmente os que nunca dão nada e a ninguém.

Há quem ache que os murais nas redes sociais sejam apenas para auto promoção, vender a imagem que mais ninguém liga a não ser os que são iguais, outros mostram uma realidade  inventada de si próprios, outros tentam vender-se,  tal a solidão em que vivem, mendigando atenção, um aceno, um like/gosto. 
As pessoas andam na rua com os olhos cravados num ecrã, seja ele pequenito ou enorme, estilo tijolo que carregam como penitência. 



Há ainda os que dão lições de tudo mesmo sem serem mestres, ou por defeito de profissão. 
Casos mal resolvidos ou tentativas de que é por aí, copiando manuais ou artigos sobre este ou aquele, se pode tentar eliminar a incultura....mas esquecem que a a maioria das pessoas nem lê o que se escreve, colocam like/gosto,  mesmo sem  entenderem o que lá está.  Assim parecem mais espertos.

Outros clamam por justiça para os que precisam de ajuda, para causas, para os pobres, os animais, os pobres dos refugiados que afinal nem querem ficar por cá.
Só que a exemplo de todos os outros, os que se mostram, se vendem, vendem livros, vendem arte, vendem móveis e quinquilharia, quem vende ideia, acções, quem pede ajuda para causas, é ainda menos ouvido que os outros. 

O mundo está estruturado para o mal e para os que se vendem, mesmo que todos os critiquem nas costas. O mundo é dos alienados. As pessoas tentam obter amizades de outros, mesmo sem os conhecerem de parte nenhuma, só porque alguém a quem admiram ou invejam os tem como amigos.

Outros tentam formar um círculo de pretensos intelectuais, que se aglutinam em grupos e gostam todos do que todos publicam, mesmo que seja uma grande trampa.  E fazem caixinha quano há aquelas notícia sbombásticas e sempre sobre a homosexualidade  e assuntos inerentes....ou sobre aborto e adopção porcasais homosexuais...
Atraem-se em grupinhos e bajulam-se uns aos outros para receber alguma atenção....os queridos a mostrar os # maridos #  e os dotes de  # bons/ boas donas de casa...# como o mundo mudou, como se perdeu tudo o que está relacionado com algum recato e decência. 
Hoje fazem alarde de vir a público , se for preciso, dizer quantas # quecas # dão por semana....quem precisa disso, a meu ver, está muito mal.

E é isto, o resumo do que se passa  todos os dias e nas diferentes redes sociais....segues-me,  eu sigo-te, Compras a trampa do meu livro igual a milhares de outros, eu dou-te a minha # amizade #...

Haja aquele que sai do rebanho e é posto de parte, todos lêem e até copiam, mas ninguém diz nada... 
Até escritores, fracos, # benza-os Deus # como diria a beata de uma das minhas tias, se vão inspirando nos escritos de uns e outros, porque os seus fusíveis há muito fundiram e o veio da  inspiração já era...

Resumindo,  cada dia tenho mais honra, mais me enaltece o facto de não pertencer a  qualquer destes rebanhos. Podem acreditar, sinto honra.
Porque é disso que se trata, viver em rebanho, onde ter vontade própria, carácter e pensar pela sua cabeça, é visto com um desaforo....seres que são # ave rara #...e a mim, a cada dia, mais me repugna o ponto a que esta sociedade chegou!!

Vive-se de uma forma vazia, sem conteúdo. Tudo é imediato. Tudo parece oco e sem textura. Será que só eu vejo ou apenas a minha idade, me dá dá a qualidade de avaliar os antes e o agora??




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